Plataformas no-code oferecem benefícios importantes para empresas, mas muitas vezes o seu potencial é pouco explorado. A boa notícia é que esse é um erro evitável. Ao adotar uma abordagem estruturada para implementar e usar essas ferramentas, as empresas podem extrair o máximo valor do seu investimento em no-code.
As plataformas no-code permitem que usuários com sem formação técnica (ou seja, aqueles sem conhecimento de código e programação) criem aplicativos, automatizem fluxos de trabalho e otimizem processos em uma interface intuitiva e fácil de usar.
É importante ressaltar que ferramentas no-code ajudam a preencher lacunas de competências e fornecem um alívio para a escassez de talentos da área de desenvolvimento. Ao dar autonomia justamente àqueles com o conhecimento mais profundo dos problemas dos times de negócios, as plataformas sem código fornecem uma “caixa de ferramentas” que podem ser usadas para resolvê-los.
Para extrair o máximo valor das plataformas no-code, as empresas devem aplicar uma estrutura de boas práticas, tanto na implementação quanto no seu uso. A partir da minha experiência, identifiquei 7 estratégias-chave para aproveitar o no-code com o máximo sucesso.
1 – Comece nas raízes e aprofunde-se
Desenvolva uma compreensão profunda do desafio que deseja resolver – ou da oportunidade que deseja atingir. Por exemplo, a equipe de RH precisa reduzir o atrito em um processo de onboarding para que a equipe tenha mais contato direto com os colaboradores? Ou a equipe de Compras anda com dificuldades para cumprir os SLAs ou evitar erros?
Para resolver problemas como esses, você precisa definir o que está em jogo e solicitar feedbacks verdadeiros das pessoas envolvidas nos processos. Você também deve determinar quais indivíduos precisam de acesso à ferramenta, e quais sistemas e aplicativos serão impactados. Quanto mais clareza você tiver sobre como a ferramenta no-code será usada, melhor ela vai se ajustar à situação da sua equipe.
2 – Inclua a segurança na conversa desde o começo
Parte da promessa das ferramentas que dispensam conhecimento de programação é que elas promovem mais autonomia para as equipes de negócios, melhorando sua produtividade. Mas os aumentos na produtividade e na eficiência não devem dificultar os esforços de segurança, compliance e governança.
Converse com as equipes de TI e SecOps desde o início para entender o impacto que a plataforma no-code pode ter na privacidade e segurança dos dados, e entenda quais são os requisitos para adicionar uma nova ferramenta ao tech stack.
3 – Mire em um ecossistema coeso que amplie as capacidades atuais
O tech stack das empresas está mais complexo do que nunca. O 3º Relatório sobre o estado de TI da Salesforce observou que o número médio de aplicativos usados por uma empresa cresceu para mais de 1.000 em 2023, contra cerca de 800 em 2021.
É essencial pensar sobre a função que o no-code vai realizar no seu ecossistema atual – ainda que seu stack não tenha muitos componentes. As plataformas sem código têm o potencial de eliminar lacunas em processos e ampliar as capacidades dos sistemas existentes. Porém, isso só acontece se elas puderem ser integradas com o que já está sendo utilizado.
4 – Construa do zero
Se você decidiu implementar uma plataforma no-code, é melhor começar aos poucos e depois escalar. Certifique-se de que os times tenham dominado o básico do software antes de começarem a trabalhar em problemas mais complexos.
Por exemplo, cheque se a equipe já demonstra capacidade de gerenciar fluxos de trabalho simples (como aprovações) antes de aplicar recursos no-code em processos mais complexos, como procure-to-pay ou gerenciamento de solicitações de serviço. Tenha um plano para treinar os membros da equipe com boas práticas que evitem retrabalho desnecessário.
5 – Meça seus resultados
Um colega meu costumava repetir que “o que é medido é melhorado”. Isso se encaixa perfeitamente para falar de no-code. Medir os seus resultados vai te ajudar a estabelecer o ROI e a justificar o seu investimento, mas não é só isso. Uma rotina de monitorização e relatórios de resultados também ajuda a identificar novas oportunidades para melhorar a eficiência e a produtividade.
As plataformas no-code são um ótimo exemplo de como o aprendizado e a melhoria contínua podem gerar mudanças importantes que, ao longo do tempo, podem ter um grande impacto na execução dos negócios.
6 – Crie uma cultura de empoderamento mútuo
À medida que os times de negócios se tornam mais adeptos das suas plataformas no-code, eles conseguem descobrir novas maneiras para resolver problemas e superar desafios. Em vez de deixar que essa experiência e conhecimento fiquem isolados, busque formas de difundir esse conhecimento por toda a organização. Depois que um novo software no-code for implementado e testado, reúna e documente informações para que outras equipes possam encontrá-las facilmente.
7 – Incentive as equipes a pensar fora da caixa
As plataformas no-code capacitam os usuários não-técnicos, fornecendo uma série de possibilidades (sancionadas pelo time de TI) para resolver problemas e melhorar o desempenho dos negócios.
Essas plataformas também oferecem aos usuários a oportunidade de serem criativos com os desafios que enfrentam. Os avanços na tecnologia sem código – como capacidades de IA – estão democratizando ainda mais o trabalho de resolução criativa de problemas e de tomada de decisão baseada em dados, ajudando usuários a identificar tendências e gargalos mais rápido do que nunca.
Quando as equipes gastam menos tempo criando soluções e analisando dados do zero, elas têm mais tempo para elaborar estratégias e experimentar, o que impulsiona a inovação e oferece vantagens competitivas.
Veja o que é possível otimizar com uma plataforma no-code
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